segunda-feira, 6 de agosto de 2007

DICAS P/ BOA REDAÇÃO

Dicas
Índice
O que não se deve fazer numa redação
Gostaria de saber se é coveniente colocar um subtítulo. Quando podemos usar aspas no título?
Como estudar em pouco tempo para um concurso em que haja redação?
Temas metafóricos
Como usar o gerúndio?
O que não se deve fazer numa redação
• Começar usando palavras contidas no tema, como fazíamos na 1ª série da tia Teteca;
• Começar os parágrafos com as mesmas palavras, para ficar estético;
• Descuidar das margens e alinhamento dos parágrafos, inspirando-se em produções impressionistas;
• Usar períodos muito longos e cheios de informações intercaladas em outras, para complicar a vida do pobre corretor de sua redação;
• Entrar em desespero e arrancar os poucos cabelos ainda existentes;
• Rasurar, usar corretivos ou fazer aquele remendinho discreto como o carro dos Bombeiros;
• Dar uma de esperto, fazendo uma introdução copiando a seguinte frase, original e inédita: " O qualquer coisa é um fenômeno ambíguo", por não achar que existe outra maneira;
• Usar aqueles chamados lugares-comuns para começar a bendita conclusão, inspirando-se, quem sabe, naquele carrinho velho que só pegava no tranco;
• Explicar tão explicadinho cada detalhe que as benditas 30 linhas sejam poucas para o seu testamento (não se esqueça daquela doação para a profª de redação e português);
• Confundir os estilos, construindo um primor da Literatura Brasileira com uma dissertação um pouco narrativa, descrevendo um fato;
• Achar que não tem assunto para tratar aquele tema, complicando o que é simples, só para valorizar mais o curso e os seus professores (o corpo docente agradece a homenagem, mas dispensa);
• Ficar uma hora para decidir sobre qual estilo e tema vai escrever, optando pelo unidunitê, em vez de fazer a melhor escolha para você mesmo.
Gostaria de saber se é coveniente colocar um subtítulo. Quando podemos usar aspas no título?
Em redação, deve-se usar o título como um chamariz para o texto em si. Para isso, é importante a criatividade e, sobretudo, a adequação do título ao texto, daí ser recomendado o acréscimo somente ao final do processo de escrita.
Quanto ao uso de subtítulo, não conhecemos referências claras a esse respeito, mas a experiência favorece que indiquemos um título conciso e instigante, no máximo com uma proposta, dois pontos e um desdobramento. Por exemplo: Escravidão: um mal sob os grilhões do trabalho infantil.
No que diz respeito ao emprego de aspas, somente para casos indicativos desses sinais de pontuação: citações e estrangeirismos.
Como estudar em pouco tempo para um concurso em que haja redação?
Para ajuda em redação, recomendo leitura intensiva de hoje até a data da prova. Mas nesse momento não se pode sair lendo por ler. Selecione recortes de jornal com notícias que tratem de questões atuais e não locais com tema de educação, cultura, do país em geral. Evite questões em relação à política ou partidos. Diante das notícias faça duas atividades: resuma o assunto com suas palavras e depois emita parecer pessoal acerca do assunto. Com essa atividade, você pode desenvolver três habilidades: coesão (síntese do assunto), informatividade e desenvolvimento da escrita em si.
Para técnicas de escrita, expressões de transição e dicas em geral, consulte o site www.graudez.com.br na parte de redação.
Temas metafóricos
Muitas vezes, os temas propostos para uma redação não apresentam explicitamente um assunto a ser abordado. Diante dessa situação, exige-se do candidato mais do que a técnica redacional e o domínio da língua em sua modalidade formal. O poder de abstração e a criatividade passam a ser instrumentos necessários nesse tipo de temática.
Não se pode pensar, entretanto, que tais habilidades são atributos genéticos. O desenvolvimento desse raciocínio criativo é um trabalho que depende de prática e, principalmente, do empenho do candidato.
Vamos observar alguns temas desse tipo e como o assunto pode ser extraído a partir de uma análise mais criteriosa.
O que fazer diante do tema “Como sempre o mordomo é o culpado”?
Com certeza, não era para o candidato contar a história de seu tio-avô que foi inclusive demitido quando era mordomo numa casa de janotas!
As palavras dizem mais nas entrelinhas que se pode imaginar. O advérbio “sempre” foi associado a um julgamento humano: culpa do mordomo. É possível generalizar as atitudes das pessoas?
Observe ainda a posição sócio-econômica de um mordomo. Pensando em termos mais conotativos, o que representaria o mordomo numa estrutura social capitalista como a nossa?
Diante dessas considerações puramente reflexivas e simples, pode-se depreender duas estratégias de abordagem para o tema:
• questão das minorias injustiçadas
• prejulgamento e preconceito
Agora você já pode discorrer sobre o assunto e até propor outra estratégia. O tema é seu !!
Como usar o gerúndio?
O emprego do gerúndio é considerado tão problemático que alguns escritores fazem esforços para nunca empregá-lo. Podem-se observar, no entanto, alguns princípios norteadores do uso dessa forma nominal.
O gerúndio constitui uma oração subordinada de caráter adverbial e, de certo modo, também possui uma função adjetiva. Para ter um emprego claro, o gerúndio deve estar o mais perto possível do sujeito ao qual se refere. Assim, Vi teu primo nadando não é o mesmo que Nadando, vi teu primo.
O bom emprego do gerúndio traz significados distintos.
• Gerúndio modal: Chegou cantando.
• Gerúndio temporal. Indica contemporaneidade entre a ação expressa pelo verbo principal e o gerúndio: Vi João passeando.
• Gerúndio durativo: Ficou escrevendo sua redação.
• Gerúndio cuja ação é imediatamente anterior à do verbo principal: Levantando o peso, deixou-o cair sobre o pé.
• Gerúndio condicional: Tendo sido publicada a lei, obedeça-se!
• Gerúndio causal: Conhecendo sua maneira de agir, não acreditei no que me disseram.
• Gerúndio concessivo: Nevando muito, não iria à festa.
• Gerúndio explicativo: Vendo que o leme não funcionava, o comandante chamou o mecânico.
Alguns empregos do gerúndio devem ser evitados.
• Quando as ações expressas pelos dois verbos - gerúndio e verbo principal não puderem ser simultâneas: Chegou sentando-se. ou: Machado de Assis nasceu no Aio, estudando com um amigo padre na infância.
• Quando o gerúndio expressa qualidades e não comporta a idéia de contemporaneidade: Vi um jardim florescendo.
• Quando a ação expressa pelo gerúndio é posterior à do verbo principal: O assaltante fugiu, sendo detido duas horas depois. Seria melhor dizer: O assaltante fugiu e foi detido duas horas depois.
• Quando o gerúndio, copiando construção francesa (galicismo), passa a ter valor puramente de adjetivo: Viu uma caixa contendo... A construção mais adequada seria: Viu uma caixa que continha...
Como regra geral, pode-se dizer que o gerúndio está bem-empregado quando:
• há predominância do caráter verbal ou adverbial;
• caráter durativo da ação está claro;
• a ação expressa é coexistente ou imediatamente anterior à ação principal.
O uso do gerúndio será tão mais impróprio quanto mais se aproxime da função adjetiva, ou da expressão de qualidades ou estados, ou quanto maior a distância entre o tempo da ação expressa por ele e o tempo da ação do verbo principal.

2 comentários:

Anônimo disse...

Professora obrigado pela força que tens dado aos alunos do modelo com relação a prova do ENEM, saiba que o seu trabalho não será em vão!

Anônimo disse...

Irana foi muito bom,ter a sua colaboração para o Enem.Tenho certeza que nos ajudará muito.E agora e só seguir as suas instruções!!!